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Transformação digital: os momentos de crise são também de oportunidade

Transformação digital: os momentos de crise são também de oportunidade

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As cidades e os serviços públicos avançam de forma rápida e profunda na digitalização, recorrendo a estratégias e ferramentas cada vez mais sofisticadas e abrangentes, e potenciando oportunidades e benefícios para as empresas e para os cidadãos. Conheça as perspetivas da AMA, da AT do ISS e do INA.

 

A sessão Industries Going Digital – Governement and Public Services que teve lugar no Portugal Digital Summit, este ano em edição digital que pode acompanhar aqui, contou com a participação de quatro organismos que têm uma forte palavra a dizer sobre o processo de transformação digital na Administração Pública e na forma como esta se relaciona com o cidadão no seu dia-a-dia, tendo estado representados por Sara Carrasqueiro, Membro do Conselho Diretivo da Agência para a Modernização Administrativa (AMA); Mário Martins Campos, Subdiretor-Geral da Área dos Sistemas de Informação da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT); Sofia Carvalho, Vogal no Instituto da Segurança Social; e Elisabete Carvalho, Diretora-Geral do INA – Direção Geral de Qualificação dos Trabalhadores da Função Pública.

 

Um facto é desde logo dado como incontornável: a pandemia deu um forte empurrão à transformação digital no setor público. “Num curto espaço de tempo não só se desenvolveram novos serviços digitais de apoio e reconhecimento, como é caso do selo Clean & Safe, como também houve capacidade para desenvolver e promover serviços digitais que eram prestados nos canais presenciais, e aqui a implementação de serviços mais ágeis também ajudou nesse sentido”, referiu Sara Carrasqueiro.

 

“Os serviços souberam responder aos desafios”, sublinhou Sofia Carvalho, sustentando que “Portugal está muito bem posicionado naquilo que são os seus congéneres europeus em termos do índice anual de economia digital”. No entanto, a responsável aproveitou também para advertir que “a disponibilização de serviços digitais não se faz apenas em quantidade: A literacia digital não é aliás a principal questão que influencia a utilização, há que fazer incentivo através de mecanismos autenticação forte, explicar por que é que são úteis, apostar na autenticação via cartão do cidadão ou chave móvel digital ou até ir mais longe e seguir o caminho que os pares da AT estão a fazer por exemplo no Reino Unido, onde a autenticação bancária é também considerada uma autenticação segura”.

 

Sendo igualmente um dado consensualmente adquirido que os momentos de crise são também de oportunidade, existe hoje para a Administração Pública uma ótima oportunidade para inovar na transformação digital. “Temos a capacidade para inovar”, considerou Elisabete Carvalho, salientando que “somos 705 mil pessoas e nem todas têm competências na área do digital, sobretudo com especialização em temas como a Inteligência Artificial – mas temos de ir não só buscar conhecimento onde ele existe, como também de trabalhar para desenvolver esse know-how interno, para assim transformar a Administração Pública e não só chegarmos com os serviços aos cidadãos e às empresas, mas também para sermos motor transformador para a economia e da sociedade em geral.”

 

Nesta linha de ideia seguiu Mário Martins Campos, referindo que “na Autoridade Tributária e Aduaneira é possível fazer mais, melhor e diferente”, surgindo o pensamento digital como uma excelente alavanca para a agilização e acesso aos serviços: “Promover a simplificação é um objetivo estratégico na AT e temos aqui percorrido um ciclo virtuoso de devolver em serviço aos contribuintes e operadores económicos o valor da informação que acaba por tratar.”

 

A questão do desenho dos serviços é igualmente fundamental para se poder inovar com aceitação e adoção por parte dos cidadãos. “É importante recorrer a profissionais de serviços de design, até porque o estado vai sendo mais bonito e isso facilita a adesão e utilização”, explicou Sofia Carvalho, sublinhando que “há que pensar o desenho dos serviços também a montante, ou seja, na sua conceção: Como é que as pessoas interagem como o procuram e vão utilizar, e para isso é necessário estudar a usabilidade e usar linguagem clara”. Não menos importante, a responsável disse que “estar próximos das redes sociais é também importante para chagarmos a todos, e assim divulgarmos os serviços e promovermos a sua utilização”.

 

Tudo isto remeteu para o Serviço Portugal Digital, estando em processo de definição um conjunto de metodologias transversais para a entrega dos 25 serviços. “Estamos a definir as reais necessidades e agregar os serviços numa ótica de utilização, a forma como se configuram e apresentam à sociedade”, sendo que “participação, integração, confiança, usabilidade e inteligência são as cinco características essências para o desenvolvimento de serviços públicos digitais”, rematou Sara Carrasqueiro.

 

O Portugal Digital Summit decorre até 23 de outubro, num formato online, com transmissão em streaming e no canal 420 das quatro operadoras de TV, MEO, NOS, NOWO e Vodafone.

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