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Sustentabilidade: do conceito às práticas que já marcam a realidade empresarial

Sustentabilidade: do conceito às práticas que já marcam a realidade empresarial

No primeiro debate desta quarta-feira, no Portugal Digital Summit, a sustentabilidade deu o mote para a discussão que juntou gestores da EDP, Banco de Portugal, NOS e Portugal Inovação Social.

 

As empresas que hoje assumem um compromisso com a sustentabilidade e integram estas práticas nas suas diversas áreas de negócio estão verdadeiramente a alterar processos de trabalho e olham para o tema como muito mais do que um chavão, que cai bem na mensagem a passar ao cliente. NOS e EDP partilham esta visão e as responsáveis das duas empresas no debate trouxeram exemplos concretos de como está isso a ser feito em cada uma das organizações.

A EDP quer liderar a transição energética” assumiu aqui Vera Pinto Pereira, administradora da EDP e presidente executiva da EDP Comercial. “Assumimos o compromisso de investir 800 milhões de euros durante quatro anos para repensar a arquitetura de sistemas, dotar a rede de distribuição de mais inteligência e criar plataformas tecnológicas para ajudar os portugueses” neste caminho para a sustentabilidade, concretizou a responsável.

 

Do outro lado, a empresa encontra um consumidor cada vez mais preocupado com os temas da sustentabilidade – “uma em cada três famílias quer produzir a sua própria energia”, relata a gestora, o que acaba por fazer da estratégia da EDP uma antecipação do futuro, que já é pedida pelos clientes no presente.

 

A estratégia está a produzir alterações na estrutura interna da empresa, mas também na oferta. Vera Pereira deu como exemplo o conceito de bairro solar (comunidades de energia), onde vizinhos podem partilhar entre si a energia produzida e monitorizada por ferramentas inteligentes. Esta é uma oferta que a empresa está a lançar em Portugal e Espanha. Vera Pereira revelou que o primeiro bairro está em fase de certificação, mas a empresa já tem pedidos para mais 80.

 

Sustentabilidade tem de ser estratégica e ter propósito

 

A articulação entre práticas sustentáveis e metas estratégicas é fundamental hoje nas empresas, defendeu também nesta conversa Ana Paula Marques, administradora executiva da NOS, para quem o tema da sustentabilidade nas organizações tem de ser também “uma questão de propósito”. É com esta máxima em pano de fundo que a operadora tem estado a trabalhar o tema nas mais diversas áreas, incluindo estruturais, adiantou. Exemplos: a modernização da rede de acesso da operadora, que conduziu a poupanças de energia na ordem dos 60%, ou a aposta na manutenção preventiva, que tem sido outro eixo importante para reduzir custos e pegada ecológica.

 

Mas não é só na órbita das empresas que o tema da sustentabilidade está sobre os holofotes e o testemunho de Luís Laginha de Sousa, administrador do Banco de Portugal, evidenciou-o. Como explicou o responsável, “o tema da sustentabilidade é relevante nas várias dimensões de ação de um banco central”. As política monetárias e o quadro macroeconómico que lhes serve de referência balizam a forma como o mundo pode endereçar questões como a das alterações climáticas, exemplificou.

 

“As alterações climáticas, seja pela via dos riscos físicos (impacto de eventos), seja pela via da necessidade de fazer face a essas alterações climáticas pelo investimento na descarbonização – que tem de ser financiadatem variáveis que tornam este tema muito ligado àquilo que é a missão dos bancos centrais”.

 

Importância do investimento em inovação social

 

O painel de debate contou ainda com a participação de Filipe Almeida, presidente da Portugal Inovação Social, “uma iniciativa do governo português que mobiliza fundos europeus” para apoiar projetos sociais inovadores, explicou o responsável, acrescentando que “Portugal é o único país europeu com uma política central de inovação social”.

 

A iniciativa conta com uma verba global de 150 milhões de euros. Já apoiou 579 projetos, nas mais diversas áreas, que Filipe Almeida vê como peças de um laboratório de ideias, com valor para ajudar a orientar as políticas nacionais nestes domínios nos próximos anos.

 

Neste caminho, espera-se que a tecnologia tenha um papel cada vez mais relevante na promoção da sustentabilidade. Em destaque aqui no debate esteve o 5G “um tema absolutamente crítico”na perspetiva de Ana Paula Marques, que indica um estudo recente da Ericsson, onde se prevê que até 2030 as emissões globais de gases com efeito estufa podem ser reduzidas em 15% só pelo 5G e pelo seu efeito multiplicador nos vários sectores. “O 5G será um catalisador de inovação em todos os sectores e vai trazer muitas soluções para esta crise de sustentabilidade que estamos a passar”, acrescentou a responsável.

 

Pode acompanhar o Portugal Digital Summit em www.portugaldigitalsummit.pt, através do SAPO, ou na posição 420 do serviço de TV. #ACEPIsummit

 

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