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Smart Cities: a promessa está a transformar-se em realidade

Smart Cities: a promessa está a transformar-se em realidade

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A gestão de Lisboa privilegia o IoT, as ferramentas para acomodar a eletrificação dos serviços estão aí e o 5G não demora. Está quase tudo pronto para as cidades (realmente) inteligentes.

 

As cidades inteligentes são uma promessa antiga que tecnologias como o IoT começam a desenhar, ao permitirem a recolha de informação dos mais diversos dispositivos e a geração de dados que podem fazer a diferença na gestão de uma cidade, mas o grande passo nestes ecossistemas será dado com a chegada do 5G.

 

Este foi um dos temas em destaque no debate Urban Mobility & Smart Cities, que esta tarde animou o painel da Indústria no Portugal Digital Summit. Como ali sublinhou Inês Ferreira, Head of IoT & Business Solutions da Altice Empresas. “Mais do que uma tecnologia o 5G é uma disrupção”. “Hoje já temos muitos objetos conectados nas cidades. O 5G vai trazer uma disrupção, permitindo a conectividade entre todos esses pontos e criando uma correlação automática entre todos os sistemas que constituem uma cidade, uma fábrica, etc”.

 

A expectativa em torno da chegada de uma tecnologia que pode potenciar o trabalho que muitas empresas e instituições já vêm fazendo nesta área abre caminho a vários cenários de evolução, como aquele que a Deloitte tem vindo a antecipar e Jean Barroca, especialista global da consultora, aqui voltou a detalhar.

 

Podemos vir a ser uma Smart Nation?

Em causa o conceito de Smart Nation, aqui posicionado como expoente de todas as oportunidades do conceito de Smart Cities, ao serviço de um país. Para se materializar, detalhou o responsável, carece da colaboração e investimento de atores públicos e privados e de uma estratégia consertada, que permita “criar um espaço de visão partilhada”, capaz de potenciar toda a informação gerada num país conectado. “Se as nossas empresas hoje pensam cada vez mais os negócios a nível global a este nível isto também tem de acontecer”, defendeu o responsável, considerando aliás que este seria um elemento importante para ajudar a dar escala aos bons exemplos de projetos que Portugal já tem.

 

Enquanto o país não se organiza neste sentido, muitas cidades já começaram a trabalhar e David Cunha, assessor só Gabinete dos Sistemas de Informação e Transformação Digital da Câmara Municipal de Lisboa partilhou no debate as linhas gerais da estratégia da capital nesta área e alguns exemplos práticos que daí têm resultado.

 

Mas o responsável admitiu também que este é um caminho que tem as suas dificuldades. “Já é fácil recolher dados. O grande desafio é tirar daí valor” e nesse percurso a dificuldade em captar recursos humanos muito especializados tem sido um dos problemas, admite. Para chegar a bom porto, David Cunha explica que Lisboa tem estado a trabalhar na capacitação de recursos internos, munindo-se também de várias parcerias com empresas e com a academia. Objetivo: transformar cada vez mais e melhor os dados que são recolhidos sobre trânsito, poluição, meteorologia ou outros, em informação que sustente decisões em tempo real e otimize a gestão dos recursos disponíveis.

 

Sentir o pulso à capital com ajuda da IoT

 

A pandemia acelerou alguns destes processos, admitiu David Cunha, e a autarquia acabou por aproveitar muitos projetos que já tinha em curso para “sentir o pulso à cidade” nos últimos meses. Aproveitou a parceria com o Waze, que lhe dá informação sobre congestionamentos de trânsito, para perceber as dinâmicas de movimento em cada zona da cidade, ou os sensores que monitorizam os resíduos urbanos para perceber o impacto do confinamento a esse nível, exemplificou o responsável.

 

Gonçalo Castelo Branco, diretor de Mobilidade Inteligente da EDP Comercial trouxe ao debate outras evidências de tendências que a pandemia veio acelerar e focou o exemplo dos carros elétricos, onde as vendas crescem agora a um ritmo mais acelerado.

 

Posicionando-se hoje também como um operador de mobilidade, a EDP reconhece que a eletrificação de um conjunto de bens e serviços, nomeadamente a este nível da mobilidade, representam um desafio, até para a forma como as casas, os condomínios e outros espaços partilhados estão desenhados. Ainda assim, a mensagem que aqui quis deixar é de que tem vindo a preparar-se para, além da eletricidade, fornecer um conjunto de serviços que otimizem a utilização deste recurso, nomeadamente integrando ofertas ou disponibilizando ferramentas para uma gestão mais inteligente e flexível da potência da rede.

 

Acompanhe o Portugal Digital Summit'20 em streaming no site, no SAPO ou na posição 420 da grelha de televisão dos quatro operadores.

 

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