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Realidade aumentada e virtual: um ecossistema que cresce e tem potencial em Portugal

Realidade aumentada e virtual: um ecossistema que cresce e tem potencial em Portugal

O painel Tech Immersion desta manhã no Portugal Digital Summit juntou Verónica Orvalho, fundadora e CEO da Didimo e Nuno Folhadela, presidente executivo e fundador da Ontop, num debate sobre tecnologias do futuro, que na verdade estão disponíveis já no presente, mas ainda com algum caminho por percorrer até à massificação.



Os desenvolvimentos em realidade aumentada ou realidade virtual estão hoje ainda sobretudo direcionados às empresas, mas os dois convidados reconhecem que este é um mercado que a par e passo se aproximará dos consumidores e ambos os projetos estão já hoje suportados em modelos B2B2C.



A Didimo, que acaba de angariar um investimento de um milhão de euros, desenvolveu uma tecnologia que permite criar uma representação 3D de humanos, capazes de falar, movimentar-se e interagir num mundo virtual. A Ontop aplica realidade aumentada ao mundo dos videojogos, levando a informação habitualmente acessível nos ecrãs destas plataformas para cenários de interação com objetos reais.



Nuno Folhadela explica que a Ontop vê a “realidade aumentada como muito mais do que uma experiência a solo”. Os primeiros projetos da empresa permitiram explorar o potencial de interação social da RA e é por essa via que os trabalhos de desenvolvimento têm seguido. O último jogo lançado pela empresa, sublinhou o responsável, é um dos primeiro produtos de RA a permitir a interação simultânea de utilizadores com um mesmo objeto.



O fundador da Ontop acredita aliás que o valor destas tecnologias passa longe do seu potencial para isolar o ser humano e explicou até, que é por não querer contribuir para que assim seja que mantém a Ontopn no domínio da realidade aumentada e afastada de tecnologias mais imersivas como a realidade virtual. “Não quero fazer parte de nada que ajude a isolar as pessoas e em algumas áreas vemos que a tecnologia, por acidente, está a fazê-lo”, defendeu Nuno Folhadela.



Área de maior potencial para os humanos digitais

Os avatares da empresa criada por Verónica Orvalho é para aí que nos podem levar, mas a investigadora também não antecipa um mundo em que os contactos sociais passem a ser completamente geridos digitalmente. Em vez disso, quer apostar em aplicações para este tipo de tecnologia que possam ajudar a estender capacidades humanas diminuídas, ou simplesmente resolver problemas reais do dia.

 

Em algumas destas áreas a Didimo já está a fazer experiências com os seus humanos digitais. Começou pelo entretenimento e já tem também dois projetos no retalho, onde a responsável olha para a tecnologia como um facilitador de tendências como as compras de moda à distância. Mas é em domínios como a saúde – criando representações virtuais de quem não ouve ou fala, com essas capacidades no seu avatar digital, por exemplo - ou a educação que a investigadora acredita que os seus Didimos podem fazer realmente a diferença. Isto embora a tecnologia seja multi-plataforma e multi-industria e como tal nesta fase a decisão está precisamente na escolha dos sectores a abordar primeiro. Depois será necessário encontrar os parceiros certos em cada sector.

 

 

Portugal, como cluster de inovação a nível global

Em última análise, a Verónica Orvalho acredita que no futuro serão os consumidores a criar os conteúdos que vão usar, a partir das várias plataformas tecnológicas disponíveis. Até lá, é necessário democratizar o uso destas tecnologias e reduzir os custos do desenvolvimento, um contributo que o 5G virá dar.

 

 

Didimo e Ontop partilham esta expectativa em relação ao 5G. Partilham também uma orientação internacional, que suporta a maioria dos projetos que têm em curso e ainda a convicção de que Portugal tem todas as condições para se transformar num clusters à escala global, neste domínio das realidades aumentada e virtual. Destacam a propósito os projetos locais que já existem, o talento local que está a proliferar e a facilidade de atrair talento estrangeiro para trabalhar em Portugal. Uma experiência que a Didimo garante que tem repetido, sempre com muito sucesso.

 

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