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Pós confinamento: mais de 80% dos consumidores mudaram os seus hábitos de consumo

Pós confinamento: mais de 80% dos consumidores mudaram os seus hábitos de consumo

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A COVID-19 transformou o mundo e provocou mudanças significativas nos hábitos dos consumidores e, até, nas tendências de futuro no retalho, aponta um estudo da GFK.

 

A GfK analisou os dados de negócio no mercado global de bens tecnológicos desde o início deste ano e constatou que 83% dos consumidores mudaram os seus hábitos de consumo, 78% dos consumidores estão preocupados com a pandemia e 85% com a crise económica.

 

O aumento do número de refeições em casa levou, desde logo, à necessidade de conservar mais alimentos, pelo que o crescimento de congeladores ultrapassou largamente os crescimentos esperados num produto que não gerava muito interesse no consumidor (+114% no período de março a abril de 2020). Globalmente, está a ser um ano de grande crescimento para os produtos de preparação de alimentos em geral, com destaque para robots (62%), batedeiras (37%) e liquidificadoras em Portugal (28%) de janeiro a setembro de 2020.

 

Estar em casa implicou também levar a cabo algumas necessidades básicas de cuidado pessoal. Sem surpresas, os aparadores de cabelo (121%) e Kits Multi Grooming (63%) foram os produtos que mais cresceram no primeiro semestre de 2020 em Portugal, muito acima do resto do mundo (59% e 55%, respetivamente).

 

Se por um lado o passar mais tempo em casa levou a um aumento de certos produtos, por outro também se verificou o declínio de outros. O setor têxtil foi dos mais afetados, com a maioria dos consumidores a confessarem ter adiado compras de roupa, resultando numa queda esperada do setor de quase 20% nos próximos meses.

 

No entanto, verifica-se que a necessidade do consumidor de obter produtos premium, que sirvam para satisfazer as suas necessidades em casa, não desapareceram, muito pelo contrário. Por exemplo, a venda de aspiradores verticais recarregáveis continua a ser um dos principais motores de crescimento deste produto em Portugal (+52%) e no mundo (+15%) Em paralelo, verifica-se que as vendas de frigoríficos de 3+portas e side by side estão acima do total de frigoríficos em Portugal (+36%) e na Europa (+21%), o que confirma a tendência de 2019 de procura por gamas altas e maiores capacidades neste produto (+13% em Portugal em 2019 e +7% na Europa em 2019).

 

Durante o período de confinamento, a saúde e o bem-estar estiveram no topo das prioridades dos consumidores. Quase metade da população (49%) procurou manter-se ativo e saudável.

 

A pandemia levou a crescimentos extraordinários em termómetros digitais, contribuindo para que o peso da categoria “Bem-Estar” chegue a 30% do mercado, uma subida de 14% face a 2016. Por outro lado, estima-se que 150 milhões dos cidadãos europeus sofrem de alergias crónicas e cerca de 70 milhões sofrem de asma, prevendo-se que em 2025 mais de metade dos europeus sofra de alguma alergia. Assim, não é tão surpreendente que a categoria de tratamento do ar tenha crescido para cerca do dobro do mesmo período de 2019 em Portugal. E se em alguns grandes mercados como a China, a pandemia forçou o decréscimo da poluição, levando mesmo à redução nas vendas de purificadores, vemos que em Portugal e na Europa a tendência é de forte crescimento (+102%).

 

Outro dado incontornável é que durante o período de confinamento, de março a maio, o online foi rei. Verificou-se um abruto crescimento de vendas online, nomeadamente nos Pequenos Eletrodomésticos. No pós-confinamento, o online continuou a incrementar a sua importância, nomeadamente através dos canais de distribuição que conseguiram oferecer uma experiência omnicanal.

 

Telecomunicações, Eletrónica de Consumo e Informática

 

A área de negócio das Telecomunicações é uma das que mais sofreu com a pandemia, por não ser considerada essencial. Portugal apresenta uma tendência semelhante à Europa com uma queda de vendas de 21,5% no período de março a maio de 2020 coincidente com o confinamento e mesmo no pós-confinamento. Nos últimos meses assistiu-se a uma recuperação lenta, com os acessórios associados às telecomunicações a liderarem o crescimento, nomeadamente os headsets com 34% e os wearables com 24% de crescimento.

 

A Eletrónica de Consumo em Portugal também está em linha com a tendência europeia, apesar de estar a reagir um pouco melhor face à Europa. De junho a setembro, assistiu-se a uma ligeira recuperação nesta categoria, com os equipamentos de entretenimento a contribuírem para o seu crescimento. Televisões e Colunas de Som são os equipamentos com a performance mais positiva nesta categoria (3% e 2%, respetivamente).

 

O confinamento levou a uma mudança de hábitos na própria sazonalidade dos produtos, com foco sobretudo, em produtos essenciais ao dia-a-dia e urgentes. Assim, o mercado premium sofreu com esta tendência, verificando-se uma maior procura por televisores mais baratos durante esse período. Nestes últimos meses tem-se assistido a uma recuperação de 9% do mercado.

 

Já a categoria de Informática está acima da média europeia. Verificou-se um crescimento acentuado das Media Box e Media Stick e também do segmento gaming que permitia um entretenimento em casa. Também os computadores portáteis e todos os equipamentos associados ao Home Office como as webcams (+163%) os ratos (+38%) ou as impressoras (+41%), tiveram um forte crescimento na altura do confinamento e no período de pós-confinamento, em que muitos consumidores mantiveram o teletrabalho.

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