Portugal melhora no ranking do comércio eletrónico das Nações Unidas
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Portugal passou de 42.º para 40.º entre os 152 países do mais recente ranking de ecommerce da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
O índice da UNCTAD classifica os países quanto à sua preparação para o comércio, avaliando aspetos como o acesso a servidores de internet seguros, a fiabilidade dos serviços postais e infraestrutura, bem como a percentagem de população que usa a internet e tem uma conta numa instituição financeira ou fornecedor que preste serviços financeiros.
Os dados do Índice de Comércio Eletrónico B2C da UNCTAD – relativos a 2019 - mostram que 75% dos portugueses usam a internet e, destes, 51% fazem compras online. Face à população total, são 38,3% os portugueses adeptos do comércio eletrónico.
Relativamente ao valor de indexação no ranking, o melhor resultado é relativo ao número de portugueses, de 15 ou mais anos, com conta numa instituição financeira ou fornecedor móvel que preste serviços financeiros (92).
A seguir fica a avaliação da quota de portugueses com acesso à internet (75), seguido do acesso a servidores seguros (72) e por último a fiabilidade dos serviços postais e infraestrutura (67).
O Índice de Comércio Eletrónico B2C da UNCTAD é liderado pela Suíça, seguindo-se os Países Baixos e a Dinamarca, respetivamente, no segundo e terceiro lugar.
O restante top 10 é formado, nesta ordem, por Singapura, Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Irlanda, Noruega e Hong Kong. Aqueles que são considerados os dois maiores mercados de ecommerce do mundo, a China e os EUA, ocupam o 55º e o 12º lugar do ranking. A UNCTAD explica que embora os dois países liderem o setor em valores absolutos, “ressentem-se” quando são feitas comparações relativas.
“A Europa continua a ser a região mais preparada para o comércio eletrónico”, destaca a organização, que também sublinha que a divisão mundial no ecommerce continua enorme. “Mesmo entre os países do G20, a percentagem de pessoas que compram online oscila entre os 3% na Índia e os 87% no Reino Unido”, aponta Shamika N. Sirimanne, que lidera a divisão da UNCTAD responsável pelo índice anual.