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Inovação, talento e tecnologia são os principais drivers na resposta à pandemia

Inovação, talento e tecnologia são os principais drivers na resposta à pandemia

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Muitas empresas portuguesas identificam a aposta na inovação como a sua principal prioridade para o próximo ano. Na lista entram também a otimização de custos e o aumento das receitas.

 

Os dados são do estudo “2021: Business Priorities” da Altran, que ouviu 250 líderes de empresas em Portugal, sobretudo de grande dimensão, de mais de 10 setores de atividade, sobre as suas principais prioridades para 2021, quais os fatores críticos de sucesso e o que mais valorizam na escolha de um parceiro tecnológico. 

 

Os resultados globais do estudo indicam que 47% das empresas identificam a aposta na inovação como a sua principal prioridade para o próximo ano. Enquanto a otimização de custos está no topo da lista para 31% das empresas e o aumento das receitas é a principal prioridade para outros 22%.

 

Esta aparente disparidade de escolhas prende-se com o facto do contexto desta crise ser muito diferente do que aconteceu na altura do resgate internacional a Portugal, onde a maioria das organizações se centrou na redução de custos e eficiência.

 

Apesar da aposta na inovação surge na primeira posição, nos setores mais penalizados pelas medidas de distanciamento social e pela quebra na faturação, como o retalho, a aeronáutica e os transportes, a escolha dos líderes empresariais vai para a redução de custos.

 

O estudo da Altran mostra um horizonte de potencial recuperação da economia portuguesa em K, onde há setores que recuperam rapidamente, mas outros ficam para trás, com uma recuperação fraca ou mesmo em queda contínua devido à diminuta procura.

 

Aposta na inovação versus otimização de custos

 

No setor da indústria automóvel, 100% das empresas inquiridas apontaram a inovação como a sua prioridade para o próximo ano. Para isso contribui a profunda transformação do setor já em curso, com o desenvolvimento de automóveis mais inteligentes e movidos a energias alternativas, em detrimento dos combustíveis fósseis. Por outro lado, no setor da energia, com 67%, a escolha da inovação pode estar relacionada com a descarbonização e com a produção de energia de fontes sustentáveis, a par da instalação de redes de distribuição mais inteligentes.

 

Na saúde e ciências da vida (80%), a aposta na inovação poderá estar diretamente relacionada com a pandemia, nomeadamente com o desenvolvimento de vacinas e de tratamentos para a Covid-19, bem como, na continuação do desenvolvimento da telemedicina e da monitorização remota de pacientes. E nas telecomunicações, fruto de tendências como o reforço do teletrabalho e o aumento das conexões remotas, no setor público (entidades públicas não empresariais) e também na banca/setor financeiro.

 

Bem diferente é a situação vivida em setores como o retalho, a aeronáutica (que abrange as companhias aéreas), ou os transportes, onde a otimização de custos foi a principal prioridade apontada pelas empresas, chegando aos 87,5% no retalho, e atingindo 50% na aeronáutica e 39% nos transportes. Destaque ainda para a indústria, onde 45,5% das empresas apontaram a redução de custos como principal prioridade, embora, aqui, essa percentagem seja igual às que identificaram a aposta na inovação.

 

Estar presente e crescer nos canais digitais, uma das grandes tendências na sequência da pandemia, é precisamente o fator crítico de sucesso mais apontado pelas empresas inquiridas. A par da capacidade de escalar os seus negócios ou operações que foi apontado por 38% das empresas.

 

Isto quer dizer que “é expectável que exista uma pressão adicional no desenvolvimento dos programas de transformação digital que, provavelmente estavam programados para serem executados a 3 e a 5 anos, mas com a pandemia, estes ciclos foram encurtados 10 ou 20 vezes no seu calendário inicial”, refere Bruno Casadinho, COO, CMO e Executive Board Member da Altran Portugal. “Consequência disso, é expectável que exista uma forte pressão sobre a captura e a procura de talento”.

Sobre o “Estudo 2021: Business Priorities” 

 

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