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Falta de literacia impacta negativamente as estratégias digitais das empresas

Falta de literacia impacta negativamente as estratégias digitais das empresas

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Susana Coerver, presidente executiva da Fuel e Carolina Afonso, diretora de marketing da Konica Minolta foram as convidadas da talk de marketing esta quinta-feira no Portugal Digital Summit.



O debate Digital Fueling Creativity trouxe a palco duas visões da comunicação, a de uma agência e da uma marca, que revelaram muitos pontos de consenso, nomeadamente a perceção de que a falta de objetividade e adequação na estratégia digital de cada marca à realidade do seu negócio, é uma das principais razões para a falta de resultados.



Hoje estar no digital já não é a questão. É preciso “estar bem no digital e para isso cada empresa tem de “fazer a sua própria travessia no deserto” e perceber o melhor ajuste para o seu caso, defendeu Carolina Afonso. Nesse percurso “conhecer bem o cliente, saber onde está e compreender cada passo da jornada de compra” são aspetos fundamentais. “A marca tem de estar alerta para estes diferentes momentos e ter ferramentas para responder. Há uma jornada e é muito pertinente acompanhá-la”, defendeu ainda a responsável.



Susana Coerver partilhou uma opinião idêntica, no debate transmitido através de www.portugaldigitalsummit.pt, do SAPO e da TV (posição 420), admitindo que a “falta de literacia digital prejudica as estratégias digitais das marcas”. Em Portugal há “uma necessidade enorme de literacia digital. Como país temos de investir nesta área”.

 

“Antes de falarmos em transformação digital temos de falar em change management, porque se o topo da cadeia não estiver alinhado com esta transformação vai ser difícil. Enquanto o presidente continuar a perguntar porque é que o número de seguidores não aumenta vai ser um problema”, exemplificou a responsável.



A presidente da Fuel explicou que uma estratégia digital leva tempo a construir e exige investimento. A ideia de que TV é cara e digital é barato foi aqui desmistificada, sublinhando-se que uma estratégia digital bem feita, suportada em bons conteúdos, também exige algum volume de investimento. “O digital bem feito tem custos” e para chegar depressa e massivamente ao público está até em desvantagem, face a meios como a televisão, admitiu a gestora. Investir no digital exige por isso, não apenas conhecer a própria empresa e ter objetivos claros, mas também compreender as especificidades de um canal onde a atenção dos consumidores está mais dispersa.





Ainda assim, nenhuma das convidadas tem dúvidas de que os meios digitais abriram às empresas um mundo de oportunidades, para novas formas de comunicação. Carolina Afonso referiu, por exemplo, o potencial de tecnologias inovadoras como a realidade aumentada, para transformar compras online em compras sensoriais, aproximando a experiência digital de uma ida à loja.



“Os ecommerces não têm de ser páginas estáticas, com um vídeo e uma ou outra fotografia. Podem ser showrooms dinâmicos”, defendeu a diretora de marketing, que destacou e assinalou como positivo o crescimento acelerado deste tipo ferramentas com a pandemia. E o caminho é por aqui, sempre que faça sentido: “já passámos o entry level, chegou o momento de olhar em profundidade para o digital”, foi o conselho que Carolina Afonso deixou neste debate às empresas portuguesas. E, mesmo conturbado, o momento é bom para o fazer, disse a responsável: “é um excelente momento para branding, em que as pessoas estão recetivas para outro tipo de mensagens”.



Susana Coerver também identifica tendências neste momento de mudança e, no que se refere à relação marcas/agências diz que a pandemia promoveu “uma aproximação [das agências] do topo da decisão” nas empresas. Este papel mais estratégico, considerou a responsável, é determinante para a qualidade dos resultados, que serão tanto melhores quanto mais cedo no essa lógica de parceria integre as estratégias digitais das empresas.

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