“A Administração Pública deve criar as condições para o caminho da transformação digital”

Maria de Fátima Fonseca, Secretaria de Estado da Inovação e Modernização Administrativa, salientou o duplo papel da Administração Pública: protagonizar a transformação digital e criar as condições para poder percorrer esse caminho juntamente com o cidadão.

 

“A Administração Pública tem um duplo papel: Deve sofrer a transformação digital e também criar as condições para esse caminho transformador, para podermos correr juntos esse caminho com o cidadão.”. As palavras são de Maria de Fátima Fonseca, Secretaria de Estado da Inovação e Modernização Administrativa, proferidas durante a entrevista que concedeu no âmbito do Portugal Digital Summit - este ano em edição digital e que pode acompanhar aqui.

 

A responsável referiu ainda ser fundamental não deixar ninguém para trás. “Apostar no digital significa não esquecermos que é importante capacitar, e também investir e estar presente com rosto humano em todo o território para e fazer serviço público a todas as pessoas não só em todo o território, mas também no estrangeiro”. Este investimento deve ser “estruturante”, compreendendo trabalhadores capacitados, modelos de gestão e organização do trabalho colaborativo atravessando os silos funcionais das organizações com repostas céleres e inteligentes e usando a tecnologia para suportar esta capacidade. “Esta visão transformadora está no Plano de Recuperação e Resiliência” relembrou a Secretária de Estado.

 

Reconhecendo que “fomos todos colocados à prova de forma repentina e profunda”, Maria de Fátima Fonseca salientou que “o Estado e a Administração Pública souberam responder”. E embora esta transformação da Administração Pública tenha implicado a reconfiguração dos processos e requalificação das pessoas, a responsável garantiu que este “é um processo que vem de longe e que nos permite abordar uma transformação mais profunda”, deixando bons exemplos do que foi feito até agora: A aproximação dos serviços digitais aos cidadãos como é o caso das prescrições eletrónicas e do pré-preenchimento das declarações de IVA e de IRS, que se passaram a ser “algo natural para qualquer cidadão”.