Empresas portuguesas estão cada vez mais ligadas à internet, aponta Estudo da Economia Digital em Portugal

Sessenta e dois por cento das empresas em Portugal têm presença na internet, valor que aumenta para a quase totalidade quando se fala das grandes empresas. A aposta vai também para as redes sociais e aqui os 58% registados até estão acima da média europeia. Os números são do Eurostat, mas ficam confirmados na versão mais recente do estudo “Economia Digital em Portugal”.

No estudo, apresentado durante o Portugal Digital Summit’22, organizado pela ACEPI, 97% das  empresas inqueridas afirmam possuir um domínio próprio e 90% referiram ter um ou mais websites com domínio próprio.

Mais de um terço das empresas têm presença em marketplaces de serviços, como TripAdvisor, Uber Eats, Google Maps, entre outros, e 87% referem ter uma página da marca em redes sociais, como o Facebook, Instagram, YouTube, etc.

Os dados do estudo indicam também que as grandes e médias empresas portuguesas apresentam uma maior taxa de ecommerce do que a média da UE. As práticas de marketing mais utilizadas são email marketing, SEO e Publicidade em redes sociais.

Durante a apresentação do estudo, Nuno Milagres, da direção da ACEPI, lembrou que nos últimos anos as empresas mudaram comportamentos e decisões de estar na internet, e que há agora mais instrumentos com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para apostar nesta área através da digitalização do negócio ou reforçando as estruturas e apostando na internacionalização.  

O responsável pelo programa Comércio Digital reforçou a ideia de que quem começa mais cedo recolhe frutos mais cedo e deixou um conselho às empresas do comércio tradicional para trabalharem em conjunto em investimentos em tecnologia e promoção do negócio.

Uma parte do estudo “Economia Digital em Portugal” está ligada também ao domínio das competências e literacia digital, onde os dados mostram também uma evolução, embora o presidente da ACEPI, Alexandre Nilo Fonseca,  avise que é preciso reforçar as iniciativas nesta área.

“Não basta ter consumidores mais digitais e trabalhadores com mais conhecimentos. Os líderes das empresas têm também de ser capacitados para desenvolver competências na economia digital”, alertou Alexandre Nilo Fonseca.

Fatura eletrónica a avançar

Mais de 91 mil empresas enviaram e receberam faturas eletrónicas em 2021, prevendo-se que em 2022 se assista a um crescimento da fatura eletrónica entre 15% a 25% relativamente a 2021.

Fica igualmente demonstrado que Inteligência Artificial e robótica são tecnologias mais utilizadas pelas empresas portuguesas do que pela média da UE e que vender produtos ou serviços as-a-service é um novo modelo de negócio na agenda dos CEOs.

A automatização é uma das principais prioridades das empresas em relação a tecnologias digitais e a escassez de talento surge como uma das principais preocupações no contexto da transformação digital.

A intenção de aumentar o investimento tecnológico para 2023 foi mencionada por 58% dos inquiridos.

O Portugal Digital Summit está a decorrer de 17 a 21 de outubro. A transmissão online pode ser acompanhada no website do evento, através do SAPO ou na posição #410 nos operadores de televisão MEO e NOS e #435 na Vodafone.

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